Café com a Oficina: Falando de metas

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Meta é a palavra mais falada, amada e odiada, usada em todos os níveis profissionais. Algumas mais ousadas, outras nem tanto. Algumas possíveis, outras impossíveis. Algumas tratadas com leveza, outras embaixo de muita tensão, palavrões, falta de compostura, estresse, etc…

Aí vem a postura do profissional para atingir essa meta. Muitos partem para o ataque na busca de alcançá-la. Outros se desesperam e começam as lamúrias: “esses caras são loucos, onde já se viu uma meta dessas, impossível” e ficam paralisados sem conseguir achar um meio de fazer diferente pra atingir o resultado esperado ou discutir com a chefia a impossibilidade daquela definição e estabelecer em conjunto uma meta plausível.

Dois casos reais para refletirmos um pouco sobre a questão meta:

O primeiro é sobre a compra de um produto e a ação de vendedores, relatado por um consumidor em busca de comprar um eletrodoméstico: “Esses dias passei por uma experiência interessante, fui comprar um produto e pesquisei em várias lojas de produtos similares. O meu pedido era sempre o mesmo em todas as lojas. Era final de mês e todos falaram de suas metas para aquele mês e que fariam tudo para que eu comprasse. O mais interessante foram os argumentos usados. Com exceção de um vendedor (onde escolhi comprar), todos os outros me falaram da diferença brutal do seu produto em relação ao produto da concorrência e sobre como o maior preço deles se justificava tendo em vista a maior qualidade do produto (que, na verdade, era exatamente o mesmo em todas as lojas). Impressionante como estavam mais bem informados sobre os erros e defeitos da concorrência do que sobre os benefícios do produto. Diziam que o concorrente estava mentindo, que o prazo de entrega era falso e por aí foi. Eu escolhi pelo mais ético, aquele que falou do seu produto e que atendia minhas expectativas no prazo de entrega (o mais legal é que entregaram no prazo definido).”

O segundo caso é sobre a visão do funcionário frente às metas “estabelecidas” pela empresa: “Sou uma profissional do sistema financeiro e em uma teleconferência com o gerente regional e gerentes das agências, assisti a uma cena triste. O gerente regional berrando, palavrões escabrosos e de baixíssimo calão se referia aos gerentes dele (sua equipe) como medíocres e sem tesão para atingir as metas estabelecidas pela diretoria. Pressionava e ameaçava com demissão. Um show de horrores. Ninguém teve coragem de frear a falta de educação com medo de demissão. Triste, mas real e atual.”

Metas são necessárias para a vida, profissional ou pessoal. Elas fazem você se nortear, estabelecer e definir caminhos e estratégias. Isso é bom. O que não é saudável são metas definidas sem critérios e empurradas goela a baixo. Também não é saudável engolir as metas sem argumentar, sem usar seu direito de ser respeitado e de dar sua opinião.

É preciso, sempre, em qualquer relação que o valor respeito esteja presente, para que as metas sejam desejadas, desafiadoras mas possíveis e então buscadas com energia e alegria.

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