Uma menina de 15 anos, moradora de um bairro periférico de São Paulo, ficou grávida. A mãe está a poucos dias de terminar um trabalho temporário, seu pai sumiu há anos e seu irmão de 17 anos não trabalha. O que ganham do Bolsa Família não cobre o aluguel. O pai do futuro bebê é também adolescente, desinteressado e sem posses.
A mãe da menina, triste, quase desesperada, lhe pergunta como irão cuidar do bebê. A grávida, tranquila e feliz, lhe diz que isso não será problema, basta dar a criança para alguém.
A mãe diz que não fez isso com ela, nem com seu irmão e que não gostaria que isso acontecesse com o futuro neto. Ela estranha o comportamento da filha que está tão feliz em estar grávida e isso, como se viu, nada tem a ver com o bebê que, segundo a menina, será dado embora. Ela investiga daqui, investiga dali e descobre que as meninas adolescentes naquele bairro ganham notoriedade quando engravidam. Daí a felicidade da filha, ela agora era alguém famosa no seu meio…
Ter um bebê nestas condições não é a melhor escolha, e quantas outras situações muito ruins surgem devido à busca de fama ou fortuna a qualquer custo? Agregar-se ao estado islâmico; matar alguém famoso; fazer injúria racial contra um artista; queimar um índio; falar enormes besteiras contra imigrantes; engravidar de alguém sem que ele concorde só porque é rico ou famoso. Estas táticas e muitas outras já foram utilizadas à solta por aí. E nos ambientes corporativos?
Nos escritórios e fábricas por este mundo afora, muitas pessoas armam estratégias diárias de como derrubar alguém acima ou do lado, para subirem mais rapidamente em suas possivelmente medíocres carreiras.
Ter fama e fortuna podem ser situações maravilhosas se foram conquistadas por talentos próprios, reais e que, de alguma forma, contribuem para um mundo melhor.