Polinizando ideias: Nobuyuki Tsujii, a pura arte nas mãos

piano

As empresas, há alguns anos e por força de lei, têm sido obrigadas a contratar pessoas que tenham alguma deficiência. Muitas vezes o destino destas pessoas nas empresas é fazer trabalhos secundários, sem desafios, como se elas fossem seres inferiores aos demais. É sempre bom lembrar, que o cérebro humano tem um conjunto de possibilidades ainda não descobertas em sua totalidade, que faz com que pessoas não apenas superem eventuais problemas, por vezes que trazidos com elas desde o nascimento, mas realizem feitos extraordinários.

Nobuyuki Tsujii é um destes seres extraordinários. Nasceu no Japão em 1988 e, com apenas dois anos de idade, depois de ouvir sua mãe cantando Jingle Bells, tocou a música sozinho em um piano de brinquedo. Com quatro anos, iniciou seus estudos em piano. Aos sete, ganhou seu primeiro prêmio em um concurso de música. Aos dez anos, estreou com a Orquestra de Osaka. Apresentou-se na Áustria, nos Estados Unidos, França e Rússia. Em 2005, chegou à semifinal e recebeu o Prêmio da Crítica no 15º Concurso Chopin Internacional de Piano, em Varsóvia, na Polônia. Em 2009, aos 21 anos, recebeu o primeiro prêmio no XIII Concurso Internacional de Piano. Além de ser pianista, ele é também compositor, aos 12 anos apresentou sua composição “O Canto da Rua” em Viena. Compôs a música tema de um filme japonês e de um drama da TV japonesa.

Todas essas já seriam grandes conquistas, mas são ainda maiores, porque Tsujii nasceu cego.

No documentário “Uma surpresa no Texas”, Van Cliburn, jurado e um exímio pianista, disse: “Tenho a maior admiração por Nobuyuji… Ele tocou o concerto de Chopin com tal doçura, mansidão e sinceridade. É profundamente comovente. Eu não conseguia parar de chorar quando saí da sala.”

Nobuyuki Tsujii é uma lição para a vida de cada um de nós por não se deixar bloquear, usando sua condição como desculpa (que seria tida como realmente impossibilitadora) para não ser extraordinário. E para as empresas, ele é um exemplo vivo e real de que se deve parar de desperdiçar talentos e deixar fazer as possibilidades fluírem sem bloqueios impostos pela ignorância ou arrogância.

Siga os links abaixo e sinta a magia que ele faz nascer em cada nota ao piano.

A extraordinária composição do compositor húngaro Franz Liszt, La Campanella.

De Sergei Rachmaninoff – Piano Concerto No 2 em C menor Op 18.

Sua própria composição em homenagem às vítimas do tsunami que houve no Japão em
2011.

Se tiver curiosidade, este é o link para ver Tsujii, com apenas dois anos em seu pianinho de brinquedo.

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