Polinizando ideias: A empatia de uma garota dinamarquesa

garota

Um pequeno animal enfrentou desafios dignos de filmes de terror ou suspense: ursos gigantes, leões, hipopótamos furiosos, serpentes, pernilongos, aranhas e outros tantos insetos venenosos, bactérias e vírus de todos os tipos, fome, temperaturas desesperadoras que congelaram ou queimaram muitos, mas sempre achou um jeito de chegar até aqui e fazer o extraordinário. E se o fez é porque soube viver em bandos, dividir tarefas e isso significou, em grande parte, ajudar ao outro. E assim, sendo capaz de ajudar e de ser ajudado (nem sempre, mas vezes suficientes para prosperar como espécie) o pequeno ser humano chegou até estes tempos atuais…

Deste filme que hoje trazemos para reflexão, que se chama A Garota Dinamarquesa, o que queremos destacar não é o personagem principal, baseado na vida de Einar Wegener, mas sim a outra garota dinamarquesa, personagem baseado na vida da pintora Gerda Gottlieb, esposa de Einar na vida real e no filme. Vamos ficar com o que o filme nos apresentou, pois a vida real, certamente tem milhares de outros complexos elementos.

Este recorte da vida do casal, Einar e Gerda, construído pelo diretor Tom Hooper, faz brilhar e rebrilhar o tão conhecido, mas pouco sabido conceito de empatia, que é dos elementos mais fundamentais para o ser humano conseguir se estabelecer como espécie.

Gerda, no filme, é a pessoa que faz uso da empatia de forma tão absoluta, que foi capaz de sentir o que seu marido sentia, em um momento da história em que (provavelmente) mais ninguém seria capaz de fazê-lo. Foi um exercício real e por vezes dolorido de, figurativamente falando, descalçar os próprios sapatos e calçar os do outro e poder se aproximar mais profundamente de sentimentos e desejos que seriam quase impossíveis de validar se não visse as questões do ponto de vista dele. A decisão dele pode ser que choque pessoas até nos dias atuais, passados quase 100 anos dos fatos acontecidos.

Muitas coisas valem a pena ao assistir esse filme, a história, como já dissemos baseada em fatos reais, a recriação da época, a interpretação dos atores, no entanto, mais que tudo, ele traz uma oportunidade consistente de se aproximar do significado pleno de empatia e, em tantos situações novas nas empresas ou na vida pessoal, lembrar que a prática desse conceito é que fez com que, este pequeno ser humano chegasse até aqui e foi a falta dele que causou buracos imensos nessa jornada – guerras, corrupção, injustiça, escravidão, genocídios e tantos outros males que se fazem mal ao outro, acabam por fazer mal a todos.

Filme: A Garota Dinamarquesa
Título Original: The Danish Girl
Direção: Tom Hooper
Ano: 2015

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