Os japoneses chegaram pela primeira vez ao Brasil em 1908, no navio Kasato Maru e hoje a maior colônia deles fora do Japão está em São Paulo.
As tradições de um povo os mantém pertencentes a um grupo e cria laços e significados. No começo eles mantinham as tradições somente entre eles, mas depois de mais de 100 anos de convivência sua culinária é querida em todo o Brasil e na maior parte do mundo e alguns de seus costumes impregnaram o entorno de várias cidades. Um deles é o plantio da sakura, a cerejeira japonesa, que se fortaleceu em São Paulo na década de 1970, se espalhou e já existem festivais da cerejeira em várias cidades brasileiras.
No Japão, o hábito de observar as flores de cerejeira já tem mais de dez séculos e muitos japoneses e turistas seguem as floradas em cada região, o espetáculo só dura duas semanas. Essa efemeridade é uma das principais características da cerejeira. O fato de as flores durarem pouco tempo nos galhos das árvores impressionou muito os japoneses na Idade Média, período de guerras, o que fazia com que as pessoas sentissem que tinham a vida ameaçada a todo momento e fez com que as flores se tornassem símbolo dos samurais.
Trazendo um paralelo para o mundo corporativo, as empresas que têm melhor clima organizacional são aquelas que mantém boas tradições que dão aos colaboradores a sensação de fazerem parte de algo que vale a pena. Essas tradições vão desde sistemas de avaliação coerentes e que não são abandonados no primeiro obstáculo, valores que são vividos plenamente mesmo diante de profundas crises, até olimpíadas internas, comemorações e festividades. Ultimamente, muitas empresas estão fazendo virar tradição belas ações voluntárias de apoio à comunidade, aumentando a satisfação por dar maior significado à existência humana, que, como as sakuras também é efêmera.