Café com a Oficina: Cobrando metas a pauladas 

pauladas

Um gerente chinês virou manchete nos últimos dias e provocou a demissão de dois diretores, após um vídeo ter circulado na internet mostrando a forma como puniam os funcionários que não atingiam as metas impostas pelo banco: com pauladas nas pernas.

A cena faz pensar em quanto às relações de trabalho ainda estão muito grosseiras, pois se a maioria das empresas não castiga fisicamente seus colaboradores, alguns gestores o fazem de várias outras formas:

– Desprezando trabalhos previamente solicitados, sem ao menos avaliá-los.
– Colocando pessoas com desempenho diferente do esperado em situação vexatória.
– Sendo injusto nas avaliações, por incompetência, preguiça ou por colocar as pessoas na última de suas prioridades.
– Jogando as pessoas nas tarefas, sem o mínimo preparo para isso.
– Sendo competitivo de forma predatória com seus pares e obrigando o mesmo comportamento de sua equipe.
– Tendo medo da concorrência que está abaixo dele e, por isso, impedindo as pessoas de crescer.
– Endeusando-se e dificultando o acesso, apenas por que está em um cargo de direção ou gerência.

Esta lista infelizmente ainda tem outros tantos comportamentos agressivos e tão ou mais doloridos que pauladas. Pena que não sejam tão visíveis. Pena que algumas pessoas suportam os maus-tratos.

Veja as pauladas e reflita: http://goo.gl/4tNZAa

Arte: Excerto de “Discontinuity”
Li, Set Byul
2010
Óleo sobre tela
Korean Art Museum Association

Café com a Oficina: Treinando muito, vivendo bem!

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Vivemos cada vez mais. A expectativa de vida do ser humano vem se elevando em todo o planeta, até mesmo em países pobres, como por exemplo na Etiópia, onde a expectativa passou de 45 para 64 anos ou no Camboja que foi de 54 para 72 anos. Os homens japoneses têm uma expectativa média de vida de 80,5 anos e as mulheres japonesas de 86,8 anos. Mesmo aqui no Brasil onde a expectativa média é de 75,2 anos, já é comum ter alguém quase centenário no círculo de parentes ou amigos e a pergunta é: o que fazer para envelhecer sem perder a vitalidade, tão necessária neste nosso país que não é um primor em cuidado com os idosos?

A resposta não é simples, mas neste ano olímpico os exemplos do esporte sempre iluminam os caminhos da perseverança, valor tão importante em todos os campos de ação. O exemplo do americano Bill Guilfoil, um avô que, aos 93 anos, decidiu tentar uma vaga no tênis de mesa para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, tem este dom especial de nos fazer endireitar o corpo, levantar a cabeça, respirar fundo e conseguir energia para lidar com as questões do nosso dia-a-dia com disposição, coragem e alegria.

Ele pratica tênis de mesa há 80 anos. Já foi aluno, jogador profissional e é professor há 38 anos. Além disso, joga tênis de quadra para se divertir. No clube ele é sempre atento e acolhedor com os iniciantes. Uma de suas frases: “Você tem que seguir adiante e pensar no próximo passo, o próximo capítulo é sempre o mais importante”. Sua filha diz que ele sempre faz o máximo e se diverte ao máximo.

Um bom conselho dele e que serve bem para dar leveza e melhor aproveitamento do tempo no cotidiano do trabalho: “Não dá para ficar se preocupando com tudo. Tem coisa que nunca vai acontecer. Será um desperdício de energia”.

Assista a reportagem com o simpático Bill: http://glo.bo/1Y2FoY0

Café com a oficina: Quando uma pequena palavra muda tudo

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Na Inglaterra do século XVIII, a invenção do motor possibilitou a revolução industrial, que mudou completamente as formas de produção e organização do trabalho.

Grandes massas de trabalhadores começaram a trabalhar no mesmo ambiente, sujo, mal iluminado e tão apertado, que crianças eram recrutadas para trabalhar no exíguo espaço entre máquinas.

A hierarquia foi imitada das grandes organizações então existentes, que eram a igreja e o exército e desse modo hierarquizado, do “manda quem pode e obedece que tem juízo” chegamos ao século XX.

As condições na maior parte do mundo já não são tão insalubres e as crianças já não fazem mais parte do mundo das fábricas, felizmente.

O século XXI ainda pega as organizações com muito por fazer em termos de relações humanas, mas por vezes um bom vento sopra e boas discussões acontecem para arejar estes ares, ainda sombrios em muitas empresas.

A diretoria de uma empresa nossa cliente, ao discutir conosco sobre as competências desejadas, resolveu mudar a competência Gestão de Pessoas, para Gestão com Pessoas.

Este pequeno sinal de um grande avanço na forma de pensar ilumina de possibilidades este mundo das organizações, tão importante para produzir bens e serviços necessários, mas ainda tão desnecessariamente hierarquizado e hostil.

Gestão com pessoas! É uma promissora diferença de pensamento nestes quase 300 anos pós revolução industrial, onde a hierarquia sempre esteve acima do pensar junto. Hoje todos têm acesso à informação, todos querem fazer parte de algo que tenha sentido, todos podem gerir juntos para que resultados que valham a pena não apenas para os acionistas, mas para os clientes, colaboradores e para o planeta sejam alcançados.

Polinizando ideias: Extraordinária cidade. Extraordinária orquestra.

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Foto: © Peter Eberts

Uma pequena e antiga cidade, que em 1997 completou 1000 anos, é um dos lugares mais atraentes do mundo por sua beleza medieval quase intacta, com edifícios monumentais que emolduram seu belo rio Regnitz.

Colinas, ilhas fluviais e plantio de hortaliças fazem dela um local único. As muitas casas construídas em estilo enxaimel, com madeiras em treliça e tijolos aparentes, deixam claro que se está na Alemanha, mais especialmente na Bavária.

Porém um aspecto de seu povo que mostra o que é que se valoriza por ali, é a sua orquestra. Dos 70.000 habitantes, 7.000 são assinantes da Orquestra. Só a título de comparação, em 2009 a OSESP-Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, tinha 12.000 assinantes. Se a OSESP tivesse a mesma proporção de assinantes que a Orquestra Sinfônica de Bamberg, precisaria ter um milhão e cem mil assinantes na cidade de São Paulo.

A Orquestra Sinfônica de Bamberg está em atividade desde 1946, tendo sido a primeira orquestra alemã a tocar no exterior depois da segunda guerra, tornando-se uma espécie de embaixadora cultural da reconstrução da imagem da Alemanha. Desde então já visitou 60 países e 500 cidades, realizando 7000 concertos.

Eles desenvolvem novos músicos em uma academia própria. Lá jovens talentos estagiam durante dois anos, podendo vivenciar os bastidores de uma grande orquestra, preparando-se para o mercado.

Seu regente titular desde o ano 2000 até agosto de 2016 é o britânico Jonathan Nott, que será substituído pelo tcheco Jakub Hrůša, o que mostra o quanto os alemães são abertos a valorizar o melhor da arte e não apenas a sua nacionalidade.

Esta ode à diversidade e ao desenvolvimento está também na composição heterogênea dos músicos. O resultado é sinergia, precisão e tal beleza, que leva esta orquestra a símbolo perfeito do trabalho em equipe onde todos são valorizados.

Conheça: www.bamberger-symphoniker.de
Página Facebook: Bamberger Symphoniker – Bayerische Staatsphilharmonie

Escute: “O Aprendiz de Feiticeiro” (L’Apprenti Sorcier) de Paul Dukas, baseada em um conto de Goethe e mundialmente conhecida no filme “Fantasia”, de Walt Disney.

Polinizando ideias: A força da palavra de Drummond

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A poesia de Carlos Drumond de Andrade (1902-1987) inspirou crianças, adultos, artistas e pensadores desde que surgiu arrebatadora e seguirá inspirando outros tantos.

Seu poema mais conhecido é “No meio do caminho”, onde a pedra é a protagonista. Registraremos aqui um outro poema que se chama “Poesia”:

‘Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.’

Ele é considerado o maior poeta brasileiro do século XX. Mesmo assim, não conseguiu sobreviver de sua arte, conciliou sua vida trabalhando como funcionário público.

Muitas empresas têm em seu quadro de colaboradores artistas de todas as artes. Valorizar de alguma forma estes talentos (festivais internos, alocação correta de potenciais e outros tantos modos) pode fazer o ambiente da empresa ser muito mais saudável e, mais ainda, apoia a empresa a cumprir seu papel de fomentar o saber da sociedade da qual faz parte.

Saiba mais: www.carlosdrummond.com.br

Foto: Felipe Gavioli

Polinizando ideias: A Bauhaus e a “arte utilizável” 

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Até o início do século XX, o mundo ocidental fazia uma clara divisão entre as belas artes (tais como a pintura e a escultura) consideradas de nível superior, das artes artesanais e das artes aplicadas a objetos (como a cerâmica, a tecelagem e a marcenaria), que eram consideradas de nível inferior. A escola Bauhaus, fundada em 1925 por Walter Gropius (1883-1969) na cidade de Dessau, Alemanha transformou esta ideia e integrou estas artes, fazendo surgir o moderno conceito de design.

A Bauhaus  seguia o preceito da funcionalidade racional de objetos e das formas habitáveis, usando o lema “A forma segue a função”, o que significa que a forma deve estar a serviço da funcionalidade do objeto ou do espaço e não do capricho pessoal ou de tradições históricas.

O uso de novos materiais pré-fabricados e móveis em aço, sempre funcionais foi uma marca da Bauhaus, que trazia em seus projetos o simples, a geometrização das formas e o predomínio de linhas retas. As paredes deveriam ser lisas, geralmente brancas, abolindo a decoração, que era vista como burguesa. Utilizavam cores neutras como bege, cinza e preto na composição de ambientes. As coberturas das edificações eram planas, transformadas em terraços quando possível. Fachadas possuíam linhas horizontais, sendo frequentemente fechadas em vidro. As janelas eram amplas e havia uma tendência de abolir paredes internas.

O que a Bauhaus queria e realizou, apesar da vida turbulenta de perseguições em meio às duas grandes guerras, era concretizar uma arquitetura moderna que, como a natureza humana, abrangesse a vida em sua totalidade. Seu trabalho se concentrava principalmente em impedir a escravização do homem pela máquina, desenvolvendo objetos e construções que buscavam eliminar as desvantagens da máquina, sem sacrificar nenhuma de suas vantagens reais.

Assim, a arte, que na época era vista como algo reservado para os ricos, algo separado do dia-a-dia, se integrou à vida cotidiana, servindo ao bem comum. Trouxeram a criatividade para a produção em massa, a estética para a funcionalidade. A criatividade virou o meio através do qual a sociedade poderia moldar uma nova realidade.

Suas ideias influenciaram o mundo e chegaram a nossos dias, no design de objetos como os da Apple, em cidades como Brasília, em cadeiras como a Barcelona e em todo o design contemporâneo.

O que movia a Bauhaus era a ideia de que as artes poderiam melhorar significativamente a vida das pessoas e essa ideia, felizmente, é influente até hoje, inclusive em muitos ambientes de trabalho que buscam a arte e o conforto do mobiliário como aliados ao necessário bem estar do trabalhador.

Para saber mais: http://goo.gl/Uw4ZmU

Arte sobre foto: Luminária Christian Dell, Kaiser Idell Model 6631 Luxus

Café com a Oficina: Utilização inteligente de recursos

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Hoje apresentamos aos nossos amigos, a nova identidade do Café com a Oficina. Um visual mais leve, afinado com o nosso objetivo de trazer temas breves, mas com conteúdo amplo. Esta é a primeira novidade do pacote que vem por aí! Bom café!

Café com a Oficina: Utilização inteligente de recursos

A maioria das empresas está buscando formas de fazer mais com menos. As campanhas de redução de custos, por vezes, enveredam por caminhos errados, pois custos bem administrados são necessários para qualquer empresa existir e progredir. O ótimo, neste caso, é aprender a eliminar desperdícios. E este é um desafio que pode ser muito prazeroso e realmente resultar em fazer muito mais com muito menos.

O exemplo que daremos a seguir mostra o uso de recursos já existentes gerando bons resultados para outra finalidade. Este caso real pode inspirar você a ter novas visões sobre recursos e custos existentes na sua vida ou na vida de sua empresa.

O exemplo vem da Holanda, que além das flores, tem como símbolo os milhares de ciclistas circulando por toda parte. Essa energia boa sendo gasta, favorecendo a saúde e qualidade de vida das pessoas e reduzindo cargas de poluição do ambiente já foi, durante muitos anos e por si só, um grande ganho para que o país investisse em ciclovias.

Mas alguém pensou diferente e viu que nos grandes espaços destinados a esta forma de se deslocar havia um possível ganho ainda não aproveitado: a geração de energia. Assim, foi inaugurada em Amsterdã a primeira ciclovia solar do mundo.

Um financiamento coletivo bancou a ideia e ela já se mostrou mais eficiente do que as previsões de laboratório. Após um ano de testes, a ciclovia solar está gerando 70 quilowatts/hora por metro quadrado/ano, o suficiente para abastecer toda a necessidade de energia de três casas. Os bons resultados mostram que o investimento é viável e a expectativa é de que ele se pague em 15 anos, retornando o investimento aos financiadores privados que o bancaram e apoiando o setor público a reduzir investimentos elevados em energia não renovável.

Este sistema inovador não é uma cobertura, mas utiliza placas fotovoltaicas como piso. Ao mesmo tempo permite o trajeto de ciclistas e capta energia solar, abrindo possibilidades para que os pisos das estradas rodoviárias possam um dia ser também substituídos por placas solares e fazer grandes campos de coleta solar sem utilizar nem um centímetro a mais de terreno para isso. E assim, os recursos são utilizados com total inteligência, respeitando o meio ambiente e provendo as pessoas com qualidade.

Para saber mais:
http://goo.gl/EN27gW

Foto: Divulgação/SolaRoad

Café com a Oficina: A liderança e a capacidade de perceber talentos 

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Algumas pessoas em função de liderança, são incapazes de ver o talento quando ele ainda é um potencial. Outros, são incapazes de ver uma pessoa talentosa, mesmo quando todas as evidências já o demonstram.

Estar atento às possibilidades do outro e proporcionar desafios que possibilitem que o talento viceje é condição para que uma pessoa seja considerada um líder de pessoas e não apenas um chefe. Esse tipo de liderança atrai pessoas que conquistam resultados e proporciona um excelente ambiente de trabalho.

Imagine então a responsabilidade de um professor em ajudar um aluno a encontrar o melhor uso para seu talento. É preciso ver além do óbvio, ser capaz de ir além do senso comum.

Quando isso não acontece, o aluno (ou o membro de uma equipe em uma empresa) pode nem perceber, e apenas se adequa a ser menos do que poderia, leva uma vida inferior àquela que teria possibilidade se tivesse cruzado com um descobridor de talentos.

Algumas pessoas, no entanto, não se sujeitam a ter seus talentos subjugados. Esse é o caso de Laura Green. Veja como ela se sentia:

“Não havia nenhum planejamento de carreira na escola para mim. Eu só passava o tempo e era passada para a próxima série. Depois de três anos eu disse ‘chega’ e deixei”.

Ela, deixou a escola de lado e, com o apoio de sua família, estes sim alavancadores de talento, hoje é uma empresária de acessórios de moda.

Laura tem Síndrome de Down e isso não a impediu de desafiar padrões e realizar seus sonhos, passando por cima de preconceitos e inaptidões de pessoas que deveriam apoiá-la, mas não o fizeram.

Ela cutuca reflexões em quem tem seus talentos subjugados e em quem deveria enxergar potenciais.

Ela abre caminhos – e se torna uma alavancadora de potenciais. Valeu Laura!

Para conhecer um pouquinho mais de Laura: bbc.in/1RqSBFq 

Café com: “Estudo do Desenvolvimento do Adulto”

Está na mesa o nosso primeiro Café com a Oficina de 2016. Um ano feliz e produtivo para todos!

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O “Estudo do Desenvolvimento do Adulto” realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard, o mais extenso do gênero até hoje, acompanhou 724 pessoas durante os últimos 75 anos (isso mesmo, setenta e cinco anos!), desde que eram jovens em 1938 até o final da vida. O estudo se mantém com os 60% que ainda estão vivos (todos por volta de 90 anos) e com 2000 filhos destas pessoas que aceitaram continuar este impressionante acompanhamento. O objetivo deste estudo foi identificar o que é que faz as pessoas serem saudáveis e felizes.

Dois grupos de pessoas foram escolhidos para este estudo. O primeiro foi composto de então calouros da Universidade de Harvard e o segundo de rapazes de bairros pobres de Boston, oriundos de famílias problemáticas e desfavorecidas.

Quando iniciaram os estudos foi feito um questionário individual, exames médicos e entrevistas com os pais. Para continuidade, além de perguntas que são feitas a cada um sobre sua saúde, trabalho, vida doméstica a cada dois anos, são analisados também os seus exames e relatórios médicos e gravam conversas deles com a família sobre suas maiores preocupações.

Segundo o Diretor atual desta pesquisa, Robert Waldinger, as maiores conclusões que chegaram sobre este rico e completo estudo não foram sobre riqueza, fama ou trabalhar cada vez mais, mas sim que as boas relações são o que mantém as pessoas saudáveis e felizes. E sobre relações o estudo, destacou três pontos: 1-Relações sociais são boas para nós e a solidão mata. 2-Não basta o número de amigos que se têm ou o tempo de casamento ou amizade, mas sim a qualidade das relações íntimas. 3-As boas relações, além de protegerem o corpo, protegem o cérebro.

Em contraponto, pesquisaram também pessoas nascidas nos anos 80 e 90 sobre o que eles desejavam para seu futuro e a resposta de 80% deles foi “ficar rico” e de 50% “ficar famoso”.

A grande maioria das pessoas passa extenso tempo dentro de seus ambientes de trabalho. Muitas vezes as relações nestes ambientes são tóxicas, com pessoas competindo desenfreadamente para alcançar sucesso, dinheiro e fama. Infelizmente, o ser humano se acostuma a viver em um ambiente assim, que suga energia vital, saúde e criatividade.

Vale refletir sobre o que cada um anda fazendo para ter melhores relações, seja no trabalho seja na vida pessoal, para preservar a saúde física e mental e viver mais e melhor.

Para saber mais: http://goo.gl/e5omCQ

Café com a Oficina: O valor Solidariedade em ação

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Alguns seres humanos não precisam derrubar os outros para crescer e são capazes de viver mais plenamente o valor Solidariedade. A palavra solidariedade significa a identificação com o sofrimento do outro e a ajuda para tirá-lo desta situação de sofrimento.

Existe a Solidariedade mais básica, ainda assim nem sempre praticada, onde uma pessoa é solidária com pessoas parecidas com ele, com membros da sua “tribo”, por exemplo, família ou membros do mesmo time de futebol ou com as mesmas características físicas ou sociais, etc.

Já a Solidariedade orgânica é praticada com aqueles com quem existe uma relação de interdependência e, como no caso acima, não são todos que praticam o valor Solidariedade, mesmo quando um depende do outro, como nas relações de trabalho, por exemplo. A solidariedade acontece se existe o reconhecimento de que todos são importantes.

Um caso recente mostra uma atitude solidária que impactou diretamente as vidas de um pai e de sua filha e foi contada pelo jornal francês Le Réveil. Jonathan Dupré é o pai de Naële, de quatro anos, e ele e sua esposa Marine descobriram que sua pequena filha estava com câncer no rim.

Jonathan trabalha em uma fábrica de vidro, em Aumale na França e esgotou todos os dias possíveis de folga para apoiar a filhinha na sua jornada de tratamento quimioterápico, que aconteceu após a cirurgia.

Os colegas, sensibilizados com a questão, cederam seus próprios dias de folga e o pai de Naële ganhou 350 dias para ficar em casa contribuindo verdadeiramente com os cuidados de recuperação. O jornal publicou uma declaração de Naële: “Estou muito feliz que meu pai fica em casa comigo”. O câncer agora está em regressão e ela já pôde voltar à escola.

Certamente, todos se sentem responsáveis por esta recuperação.