Café com a Oficina: Imagem & Realidade

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A revista da Gol ganhou uma repaginação e, no seu primeiro número, trouxe na capa o casal Alexandre Herchcovitch e Fábio Souza, que conta sobre a adoção de seus dois filhos. A escolha não é aleatória e alinha a imagem da empresa com o contemporâneo, o novo, o atual.

Não são bem sucedidas as tentativas de criar falsa imagem, onde o marketing não reproduz a imagem real, mas sim uma casca, desprovida de vida e verdade.

Com as pessoas se dá o mesmo. A imagem de cada pessoa está constantemente em exposição para mais ou para menos espectadores, que conseguem discernir com clareza se há verdade ali e qual é essa verdade.

Isso não significa que as pessoas não podem evoluir, sim devem! E o interessante é ver este esforço em uma saudável competição consigo, mesmo desfraldada com sinceridade, com acertos e erros, com tentativas legais de ser melhor do que era ontem.

A empresa italiana de chocolates Bacci, traduziu em um ato simples, porém charmoso e significativo, este esforço válido de alinhar sua imagem a coisas que valem a pena: abrindo o bombom, no singelo papel que o envolve, eles presenteiam com mais do que o prazeroso chocolate: um breve poema escrito em várias línguas faz o momento ser ainda mais especial.

Cuidar da sua imagem e da empresa, alinhá-la às expectativas de seus clientes e, mais, surpreendê-los com atitudes inovadoras, ou carinhosas, ou sustentáveis alinhadas à essa imagem é sempre um bom passo para causar boas e autênticas impressões.

Café (ou Bier) com a Oficina: (1516-2016) 500 anos de qualidade alemã.

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O desejo de toda empresa é que seu produto ou serviço seja provedor de solução e encantamento a uma gama de clientes que permita que ela tenha vida longa e sustentável. Isso depende de algo muito sério: qualidade percebida como tal pelos clientes!

Muitas indústrias ao redor do mundo e também no Brasil somente começaram a pensar em qualidade na década de 1970, com os programas vindos da experiência de sucesso que transformou o Japão rural em uma pujante e invejada economia industrial. Mas hoje queremos falar de um programa de qualidade que completou 500 anos e que atende com louvor ao preceito de encantamento.

Trata-se da lei do malte ou lei de pureza alemã (Reinheitsgebot). Esta lei, promulgada na Alemanha no ano de 1516, obriga desde aqueles idos tempos, que os produtores de cerveja alemães sigam a receita água-lúpulo-malte (e mais tarde leveduras) para que possam ter seu produto considerado puro malte.

O estabelecimento desta lei elevou a qualidade, tornou cativos os consumidores, não impediu a boa concorrência, nem a criatividade ou modernidade nos aspectos produtivos e de gestão e criou um mito positivo em torno da cerveja alemã que a transformou em produto de exportação e atração turística.

Um produto ou serviço com qualidade assegurada é um elo eficaz para qualquer empresa que pretenda ter uma relação de confiança com seus clientes. Que os cinco séculos de qualidade da cerveja alemã sejam inspiradores.