Café com a Oficina: O líder Zidane

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Um dos cargos de gestão mais difíceis é o de técnico de futebol. Desde um time de várzea até nos clubes com mais torcedores do mundo, a pressão existe, em níveis diferentes, claro, mas as opiniões divergentes, a exigência por resultados onde o vice campeonato é quase nada, é sempre constante.

Zinedine Zidane, no Real Madrid, foi um campeão de títulos. Além dos três campeonatos seguidos da Liga dos Campeões, ele levou o Real Madrid às conquistas do Campeonato Espanhol (2016/2017), de dois Mundiais de Clube (2016 e 2017), de duas Supercopas da Europa (2016 e 2017) e de uma Supercopa da Espanha (2017). Foram 9 títulos (de 13 possíveis) em 876 dias. Todos estes títulos, especialmente o tri campeonato da Liga dos Campeões garantiram seu lugar como técnico do Real, no entanto, ele resolveu sair.

O motivo deste assunto futebolístico aqui no Café com a Oficina é a fala de Zidane:

“Eu tomei a decisão de não continuar como técnico do Real Madrid, é um momento raro, mas esse time precisa de uma mudança para continuar ganhando, precisa de outro discurso, outra metodologia de trabalho e é por isso que tomei essa decisão”.

O que você acha disso? Muitas empresas entraram em grande declínio por não perceber que, em muitos momentos nos quais todos os sinais mostravam um cenário favorável, um olhar novo veria problemas que aqueles que estavam ali não perceberam.

Café com a Oficina: Uma ideia de ouro

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O Japão está planejando a preparação dos Jogos Olímpicos 2020 e está cuidando de que o legado não seja apenas esportivo, mas especialmente o de influenciar para a mudança do pensamento que leve a um mundo melhor.
 
Um exemplo vem vestido de ouro, prata e bronze: Todas as 5.000 medalhas olímpicas e paralímpicas serão feitas, por incrível que possa parecer, de material reciclado. O Comitê Olímpico solicitou que celulares que seriam descartados, sejam doados para que deles sejam extraídas as pequenas quantidades de ouro, prata, platina e níquel e transformadas nos desejados símbolos do esforço e dedicação da vida de atletas e suas equipes. Para isso, será necessário recolher 8 toneladas de metal extraído dos celulares descartados advindos de um milhão de aparelhos doados.
 
Kohei Uchimura, ginasta japonês dono de três ouros em Jogos Olímpicos, declarou: “As medalhas olímpicas e paralímpicas de Tóquio 2020 serão feitas a partir do pensamento e apreço das pessoas em evitar o desperdício. Acredito que há uma mensagem importante nisso para as gerações futuras”.
 
Abranger mais VALOR além de cumprir com perfeição as metas, cuidando de transformar o presente em um futuro que seja melhor é uma possibilidade real, para a qual as belas e recicladas medalhas japonesas nos impulsionam.

Café com a Oficina: As diferentes formas de uma mesma emoção

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Cuidado genuíno é aquela ação que brota do coração. Muitas empresas vêm procurando demonstrar atitudes que as alinhem com a diversidade, mas poucas conseguem transmitir a necessária verdade para emocionar não apenas o público ao qual se direciona a ação, mas a todos que têm a oportunidade de vê-la.

A equipe do Corinthians promoveu uma atividade com o patrocínio da Alcatel e que merece ser vista sem que estraguemos a surpresa:

Conseguir emocionar seus públicos internos e externos é um desafio constante, que só consegue sucesso quando tem base no respeito, na verdade e na leveza.

Polinizando ideias: Instituto Reação: Qual a sua luta?

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A primeira medalha de ouro do Brasil na Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro veio da luta. Uma luta que começou desde a descoberta do Brasil e que, infelizmente, ainda está muito longe de terminar. É a luta contra a desigualdade, contra as injustiças, contra o racismo, contra a falta de perspectiva de futuro.

A dona da medalha é Rafaela Silva e sua fala, logo após sua conquista, mostra um pouco desta dura realidade: “Uma criança que cresce dentro da comunidade não tem muito objetivo. Mas eu sou uma criança que começou a treinar aos cinco anos por brincadeira e agora sou campeã olímpica.” 

O judô chegou ao Brasil no início do século XX, com os primeiros imigrantes japoneses, aqui encontrou adeptos dentro e fora da colônia e se transformou no esporte individual que mais trouxe medalhas olímpicas para o Brasil.

Talvez Rafaela pudesse não ter se encontrado com o judô e traçado este caminho para a glória de ser a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio 2016, se não tivesse existido uma pessoa como Flávio Canto, medalha de bronze na Olimpíada de Atenas, que idealizou o Instituto Reação, que é uma organização que promove o desenvolvimento humano por meio do judô e da educação, desde a iniciação esportiva até o alto-rendimento.

Flávio Canto observa que no judô se aprende primeiro a cair e só então a derrubar e esta metáfora, a necessidade de se levantar a cada queda, tem um poder muito grande na hora dos tombos da vida. Além disso, o Instituto Reação promove o desenvolvimento interdisciplinar, o aprendizado como uma forma de alegria e, principalmente, o gosto por praticar valores que vão além da coragem e determinação necessários à prática do esporte, já que o programa educativo desenvolve a disciplina, o compromisso, a responsabilidade e a autonomia.

Uma missão do Instituto Reação é reduzir as distâncias sociais gigantescas e pensa fazer isso trazendo quem está acima social e economicamente a conhecer, interagir e ajudar a mudar a realidade, a dura realidade de quem está nas camadas historicamente desfavorecidas da população.

O maior desafio autoimposto pelo Instituto Reação é que cada uma das crianças que ali chegam acreditem que possam ter sonhos e que estes possam se realizar. A menina Rafaela não tinha sonho. Seu entorno era pobre demais para possibilitar isso, mas chegou ao Instituto acompanhando a irmã, lá descobriu seu sonho: ser campeã olímpica. Impossível? Ela e o Instituto Reação mostraram que não.

E você, qual a sua luta? Qual o seu sonho?

Conheça um pouco do Instituto Reação:
Qual a sua luta: https://goo.gl/8xIr3A
Site: www.institutoreacao.org.br

Foto: Divulgação

Café com a Oficina: Treinando muito, vivendo bem!

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Vivemos cada vez mais. A expectativa de vida do ser humano vem se elevando em todo o planeta, até mesmo em países pobres, como por exemplo na Etiópia, onde a expectativa passou de 45 para 64 anos ou no Camboja que foi de 54 para 72 anos. Os homens japoneses têm uma expectativa média de vida de 80,5 anos e as mulheres japonesas de 86,8 anos. Mesmo aqui no Brasil onde a expectativa média é de 75,2 anos, já é comum ter alguém quase centenário no círculo de parentes ou amigos e a pergunta é: o que fazer para envelhecer sem perder a vitalidade, tão necessária neste nosso país que não é um primor em cuidado com os idosos?

A resposta não é simples, mas neste ano olímpico os exemplos do esporte sempre iluminam os caminhos da perseverança, valor tão importante em todos os campos de ação. O exemplo do americano Bill Guilfoil, um avô que, aos 93 anos, decidiu tentar uma vaga no tênis de mesa para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, tem este dom especial de nos fazer endireitar o corpo, levantar a cabeça, respirar fundo e conseguir energia para lidar com as questões do nosso dia-a-dia com disposição, coragem e alegria.

Ele pratica tênis de mesa há 80 anos. Já foi aluno, jogador profissional e é professor há 38 anos. Além disso, joga tênis de quadra para se divertir. No clube ele é sempre atento e acolhedor com os iniciantes. Uma de suas frases: “Você tem que seguir adiante e pensar no próximo passo, o próximo capítulo é sempre o mais importante”. Sua filha diz que ele sempre faz o máximo e se diverte ao máximo.

Um bom conselho dele e que serve bem para dar leveza e melhor aproveitamento do tempo no cotidiano do trabalho: “Não dá para ficar se preocupando com tudo. Tem coisa que nunca vai acontecer. Será um desperdício de energia”.

Assista a reportagem com o simpático Bill: http://glo.bo/1Y2FoY0