Café com a Oficina: Você sabe o que é F.O.M.O.?

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Com a distribuição da informação a níveis nunca antes sonhados, veio também um certo desespero “em se saber que não se sabe o que se deveria saber”. Só a avalanche de novos termos para designar novos produtos, serviços ou sentimentos arrasta a todos, sem dó nem piedade.

F.O.M.O. que é a sigla em inglês para Fear Of Missing Out é um destes termos, que pode ou não ser duradouro, mas que traz em si um sentimento recorrente dos que não querem deixar de saber das novidades e entender as mudanças. A expressão Fear of missing out pode ser entendida como aquele medo de estar perdendo alguma novidade importante e ficar obsoleto, não entender uma conversa, não saber usar algum aplicativo que todo o seu círculo já sabe.

Essa tal de F.O.M.O. pode virar uma síndrome (descrita pela primeira vez no ano 2000), causar ansiedade, angústia, depressão, mau humor, que ocorre quando a pessoa utiliza desenfreadamente as redes sociais para saber o que acontece com os outros e fica comparando a sua vida com a vida, muitas vezes maquiada, de outras pessoas conhecidas ou desconhecidas e se deprime.

No entanto, como tudo pode apresentar seu lado bom, ter F.O.M.O. em níveis razoáveis, isto é, manter-se atualizado sem desespero, de forma que o ajude a não perder o bonde da história – ou, a depender de suas características, ajude você a fazer o bonde voar, pode ser um esforço necessário, saudável e não doentio. Saber não apenas por saber, mas para fazer uso das tantas inovações disponíveis ou, melhor ainda, criar novos produtos e serviços, que de alguma forma sejam melhores para todos.

A Oficina de Liderança, em seus, 21 anos sempre incentivou a todos que passaram por nossos programas a buscarem aumentar seu repertório, não apenas para que ficassem alinhados aos tempos contemporâneos, mas também e especialmente para que alimentassem suas possibilidades de serem mais criativos e encontrarem soluções de forma leve, para que a vida seja boa para as pessoas e sustentável para o planeta.

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Café com a Oficina: Dois pesos e duas medidas no feedback

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Estamos no fervor das Olímpiadas e atletas comprometidos e que dedicam cada minuto de sua vida ao esporte, dividem o espaço com jornalistas, alguns dedicados a retratar as histórias mais emocionantes e outros as mais vexatórias

A ginasta Daniele Hypólito é um dos pilares da ginástica olímpica brasileira e teve um bom desempenho na sua apresentação no aparelho conhecido por trave, e sofreu uma queda no exercício de solo da ginástica artística durante a fase classificatória. Ainda assim, suas performance ajudou o time brasileiro a se classificar para as finais. Com as câmeras das TVs mundiais com foco nela, enquanto aguardava que os juízes promulgassem suas notas, ela claramente pediu desculpas ao público. Assumir a responsabilidade é um ato nobre e de clara consciência e, quando isso acontece, quem cometeu algum erro, não por negligência, mas no auge da dedicação, não merece que seja relevado seu erro, por que ela mesma já o fez, mas sim os seus acertos, e a própria dedicação é um destes pontos muito positivos.

Um repórter do SporTV querendo relevar sua queda no solo, ouviu de Daniele: “Você só fala da queda, não da trave”. Seu desabafo teve grande repercussão nas redes sociais.

Seu irmão, o também ginasta Diego Hypólito, homenageou a irmã e publicou um desabafo:

“Parabéns guerreira! Você não tem que pedir desculpas! Pois você se dedica diariamente 27 anos consecutivos! Você me fez acreditar que a dedicação é uma vitória! Todos sonham em estar em uma olimpíada e você conseguiu 5 vezes! Abriu portas para a ginástica brasileira quando conquistou a primeira medalha da história em mundiais no ano de 2001 são 15 anos depois e você por seus méritos continua sendo titular da seleção brasileira! Nós que temos que te agradecer por mostrar que todos podemos ser campeões na vida se nos dedicarmos! Te amo”.

Muitas pessoas e muitas empresas não reconhecem o esforço, apenas a fria conquista do resultado. Esquecem que muitos se dedicaram muito antes que os necessários resultados sejam alcançados e não percebem que a falta de feedback positivo sobre os, por vezes pequenos pontos de conquista, pode levar ao desânimo e, aí sim, desnecessários recursos e energia terão que ser colocados para atingir resultados que viriam muito mais facilmente se os esforços fossem devidamente reconhecidos e valorizados.

Café com a Oficina: Não terceirize o feedback

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Nada é tão capaz de contribuir tanto para a mudança de comportamento quanto um feedback bem dado e bem recebido.

Se você viu alguma ação concreta de alguém e percebe que pode ajudá-lo a ser melhor, diga-lhe! Com os cuidados básicos de não ter essa conversa na frente de outras pessoas, e nem você, nem quem irá receber o feedback, estarem comprometidos emocionalmente para uma reflexão saudável.

Não imagine que essa recomendação é válida apenas se você é um gestor e quer desenvolver um membro de sua equipe. O profissional contemporâneo deve estar preocupado e contribuindo com uma corrente contínua de desenvolvimento que inclui seus colegas, seus gestores, fornecedores e clientes internos e externos.

O que não tem validade é um feedback terceirizado, isto é, João vai reclamar de uma conduta de Pedro para Maria e Maria procura João e lhe dá um feedback sem nenhuma propriedade, já que não viu o ato e, caso visse, poderia ter tido uma opinião muito distinta da de Pedro.

Se você é gestor, não tenha informantes, isto é uma tática ditatorial e destruidora de equipes. Ao invés disso, saia de sua sala ou posto de trabalho, interaja com as pessoas e processos e tenha os próprios elementos para dar bons feedbacks desenvolvimentistas. Se você é membro de equipe não seja informante. Diga diretamente o que pensa a seu colega e o ajude a ser melhor. Este é o melhor meio de você desenvolver a si mesmo. Abaixo a fofoca no ambiente de trabalho!