Café com a Oficina: O líder Zidane

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Um dos cargos de gestão mais difíceis é o de técnico de futebol. Desde um time de várzea até nos clubes com mais torcedores do mundo, a pressão existe, em níveis diferentes, claro, mas as opiniões divergentes, a exigência por resultados onde o vice campeonato é quase nada, é sempre constante.

Zinedine Zidane, no Real Madrid, foi um campeão de títulos. Além dos três campeonatos seguidos da Liga dos Campeões, ele levou o Real Madrid às conquistas do Campeonato Espanhol (2016/2017), de dois Mundiais de Clube (2016 e 2017), de duas Supercopas da Europa (2016 e 2017) e de uma Supercopa da Espanha (2017). Foram 9 títulos (de 13 possíveis) em 876 dias. Todos estes títulos, especialmente o tri campeonato da Liga dos Campeões garantiram seu lugar como técnico do Real, no entanto, ele resolveu sair.

O motivo deste assunto futebolístico aqui no Café com a Oficina é a fala de Zidane:

“Eu tomei a decisão de não continuar como técnico do Real Madrid, é um momento raro, mas esse time precisa de uma mudança para continuar ganhando, precisa de outro discurso, outra metodologia de trabalho e é por isso que tomei essa decisão”.

O que você acha disso? Muitas empresas entraram em grande declínio por não perceber que, em muitos momentos nos quais todos os sinais mostravam um cenário favorável, um olhar novo veria problemas que aqueles que estavam ali não perceberam.

Café com a Oficina: As diferentes formas de uma mesma emoção

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Cuidado genuíno é aquela ação que brota do coração. Muitas empresas vêm procurando demonstrar atitudes que as alinhem com a diversidade, mas poucas conseguem transmitir a necessária verdade para emocionar não apenas o público ao qual se direciona a ação, mas a todos que têm a oportunidade de vê-la.

A equipe do Corinthians promoveu uma atividade com o patrocínio da Alcatel e que merece ser vista sem que estraguemos a surpresa:

Conseguir emocionar seus públicos internos e externos é um desafio constante, que só consegue sucesso quando tem base no respeito, na verdade e na leveza.

Café com a Oficina: Exagero na troca de técnico não motiva a equipe

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No Brasil é muito comum a estratégia da diretoria de mudar o técnico quando um time de futebol está indo mal. O desejo por trás desta ação é que a equipe se sinta novamente motivada e comece a ganhar.

Muitas empresas também acabam utilizando a estratégia de mudar constantemente seus gestores, estejam indo bem ou não. Se suas áreas vão muito mal, são demitidos. Se vão bem, são direcionados a outras áreas para levar suas boas práticas…

Vamos analisar algumas das perdas desta estratégia:

– Visão de Futuro – um dos pilares da motivação é o desejo compartilhado pela equipe de se chegar a algum lugar audacioso, se o gestor mudar muito frequentemente, esse esforço (que não é pequeno) se perde ou se fragmenta.

– Desenvolvimento individual e em equipe – um gestor que realmente cuida do desenvolvimento de cada um e da equipe precisa conhecer cada um e traçar um plano para o desenvolvimento da equipe e de cada um de seus membros, que inclua desafios pertinentes. A mudança precoce do gestor esfacela esta ação.

– Segurança na ação do gestor – quanto mais ele conhece a área onde está, suas interfaces com outras áreas, fornecedores e clientes, mais ele poderá contribuir com os resultados da equipe e da empresa. A cada mudança, a fase de insegurança do novo gestor (por vezes escondida embaixo do tapete) tem que ser ultrapassada pela equipe e por ele e isso causa desgaste.

– Apoio à autonomia – uma equipe autônoma é possível, desde que bem desenvolvida, com visão de futuro clara e com segurança nas ações do gestor e de cada um.
Mudanças contínuas na gestão prejudicam o estabelecimento de postura autônoma, aumentam a burocracia e os erros.

– Relação entre gestor e equipe – um bom gestor desenvolve com sua equipe uma relação de empatia e respeito. Mudanças abruptas dificultam esta relação.

– Resultados sustentáveis – mudanças de gestor podem trazer aparentemente bons resultados, mas frequentemente estes resultados não são sustentáveis, nem mesmo quanto á formação de bons sucessores.

Quando o líder tem tempo (e competência) para deixar a equipe funcionando redonda, trazendo bons resultados, indo em direção ao sonho, ele consegue também ressaltar as competências individuais. E, dificilmente haverá uma equipe bem engrenada, se a todo o momento o “técnico” é substituído.

Podemos conversar sobre muitos outros aspectos deste tema e, sim, há momento em que a mudança de gestor fará muito bem a ele, à equipe e à empresa. Mas é preciso fazer estas mudanças com clareza e lucidez de objetivos pretendidos.

Café com a Oficina: Incrível coragem de buscar o sonho

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Imagine um menino, que hoje tem 30 anos e desde criança encontrou no rádio um companheiro de aventuras da vida, aprendendo e se emocionando ao ouvir as partidas de futebol. Nada de mais? Ou sensação de estranhamento, por ele não preferir assistir as partidas na televisão? Bem, avance na sua imaginação e veja esse menino se apaixonando pelas narrações de futebol e colocando na cabeça e no coração o desejo de ser comentarista de futebol. Será que como tantos que sonham, mas não agem, este será mais um desejo frustrado?

Agora, coloque algumas doses de dura realidade na sua imaginação: Esse menino é Felipe Augusto Diogo, que nasceu cego e que realmente forjou no seu coração o desejo de ser comentarista de futebol, apesar de nunca ter podido ver o verde gramado ou as coloridas camisas dos times de futebol. Será que esse é um sonho possível?

Sim, ele realizou seu louco sonho e é comentarista de futebol. Como isso foi possível? Bem, para alcançar seu sonho, além de aprender tudo o que podia sobre futebol, estudou e se formou em jornalismo e teve alguns arrojados apoiadores de sua trajetória, especialmente Antônio Silva, o Tonhão, Diretor da Rádio Paraty FM, onde Felipe faz parte da equipe fixa da rádio desde junho de 2013. Ao colocá-lo na equipe, Tonhão pediu que todos tratassem Felipe como uma pessoa normal, sem deficiências. Sua entrada na rádio causou aprendizado a todos, como ele próprio conta: “Quando eu comecei na equipe foi uma experiência para todos. Mas só se adquire essa maneira de comentar com muita prática.”

Felipe desenvolveu algumas habilidades que lhe são imprescindíveis para dar conta do recado com muita competência:
– Tem total atenção ao ouvir a narração de seus colegas de equipe.
– Sua memória é capaz de guardar detalhes das jogadas, dos jogadores e dos números da partida.
– É dotado de sensível capacidade para assimilar e processar dados, fazendo da voz do narrador os seus olhos, consegue visualizar o campo, as jogadas e o andamento da partida para fazer comentários absolutamente pertinentes.

Casos reais, como este do Felipe Diogo, precisam ser divulgados para que não esmoreça em cada um a ação cotidiana e firme em busca de seu próprio sonho.

Bola dentro Felipe Diogo!

Comentarista de Futebol: Felipe Diogo
Dial da Rádio Paraty FM: 87,5
Site da Rádio: www.radioparaty.com.br
Reportagem Globo Esporte: http://glo.bo/1KkaIEX
Foto: Divulgação