Polinizando ideias: A moça com brinco de pérola e sua corrente de possiblidades

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Pouco se sabe sobre a vida do pintor Johannes Vermeer, autor da famosa obra “Moça com Brinco de Pérola” (dentre outros 33 trabalhos a ele atribuídos). A modelo com seu olhar direto para o espectador, tem atraído a atenção e a imaginação sobre quem seria a moça de pele alva e brinco de pérola com brilho em destaque e também sobre este pintor que conseguia a perfeição na representação da luz.

O que se sabe é que Vermeer tinha grandes problemas financeiros e, mesmo assim, utilizou o pigmento azul ultramarino extraído de lápis-lazuli esmagado, que tinha um preço exorbitante, para pintar a parte azul do turbante da moça, obtendo um resultado perfeito.

De 1665, quando foi pintado, ele reapareceu na história em 1881, quando foi foi comprado, por 2,30 florins, em um leilão. O comprador, Des Tombe, a deixou ao morrer para o museu Mauritshuis, localizado na cidade de Haia, na Holanda, onde se encontra até os dias atuais, e é considerada sua obra principal.

Não se sabe se este retrato foi uma encomenda ou um trabalho espontâneo do autor. Alguns pesquisadores acreditam que a modelo tenha sido a filha mais velha do pintor, Maria, quando ela tinha 12 ou 13 anos. Os lenços dispostos como turbante causam estranhamento, pois não são naturais à Holanda de meados de 1665. Sobre a pérola, que no quadro passa a sensação de peso e volume, incidem os mesmos raios de luz que iluminam o rosto, o turbante, o lábio inferior e o colarinho branco da moça. Essa obra foi completamente restaurada em 1994, ressaltando o efeito tridimensional, as cores brilhantes e os tons da pele com que foram pintadas.

Este quadro provocou a interligação de diversas artes. Em 1999, a escritora americana residente na Inglaterra, Tracy Chevalier, escreveu o livro “Moça com brinco de pérola” que vendeu mais de 5 milhões de exemplares e inspirou o filme estrelado em 2004 por Scarlett Joansson e dirigido por um estreante, o inglês Peter Webber.

A cena inicial, que mostra vegetais sendo cortados, já diz que o filme veio para mostrar o mundo da arte pictórica, o mundo da luz. O quadro é retratado de forma impressionantemente semelhante ao original e a história, criada por Chevalier, com imaginação e respeito ao cenário holandês do século XVII, envolve o espectador nas dores e sensibilidades que Vermeer, quem sabe, poderia mesmo ter passado,

Trazendo para o mundo das organizações e para o constante e necessário pensar sobre desenvolvimento pessoal, esta obra realizada com qualidade impressionante, o livro inspirado pela pintura, o filme inspirado pelo livro e todo o aparato de artistas, não apenas o jovem diretor e os atores, mas também os figurinistas, costureiras, pintores, músicos e tantos mais, nos fazem refletir sobre o quanto um trabalho realizado com dedicação é capaz de inspirar e ser o elo com novas possibilidades. Uma genuína e bela corrente de boas realizações.

Artista: Johannes Vermeer
Site do museu Mauristshuis: https://goo.gl/z5yYui
Tracy Chevalier: http://www.tchevalier.com/

Café com a Oficina: Utilização inteligente de recursos

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Hoje apresentamos aos nossos amigos, a nova identidade do Café com a Oficina. Um visual mais leve, afinado com o nosso objetivo de trazer temas breves, mas com conteúdo amplo. Esta é a primeira novidade do pacote que vem por aí! Bom café!

Café com a Oficina: Utilização inteligente de recursos

A maioria das empresas está buscando formas de fazer mais com menos. As campanhas de redução de custos, por vezes, enveredam por caminhos errados, pois custos bem administrados são necessários para qualquer empresa existir e progredir. O ótimo, neste caso, é aprender a eliminar desperdícios. E este é um desafio que pode ser muito prazeroso e realmente resultar em fazer muito mais com muito menos.

O exemplo que daremos a seguir mostra o uso de recursos já existentes gerando bons resultados para outra finalidade. Este caso real pode inspirar você a ter novas visões sobre recursos e custos existentes na sua vida ou na vida de sua empresa.

O exemplo vem da Holanda, que além das flores, tem como símbolo os milhares de ciclistas circulando por toda parte. Essa energia boa sendo gasta, favorecendo a saúde e qualidade de vida das pessoas e reduzindo cargas de poluição do ambiente já foi, durante muitos anos e por si só, um grande ganho para que o país investisse em ciclovias.

Mas alguém pensou diferente e viu que nos grandes espaços destinados a esta forma de se deslocar havia um possível ganho ainda não aproveitado: a geração de energia. Assim, foi inaugurada em Amsterdã a primeira ciclovia solar do mundo.

Um financiamento coletivo bancou a ideia e ela já se mostrou mais eficiente do que as previsões de laboratório. Após um ano de testes, a ciclovia solar está gerando 70 quilowatts/hora por metro quadrado/ano, o suficiente para abastecer toda a necessidade de energia de três casas. Os bons resultados mostram que o investimento é viável e a expectativa é de que ele se pague em 15 anos, retornando o investimento aos financiadores privados que o bancaram e apoiando o setor público a reduzir investimentos elevados em energia não renovável.

Este sistema inovador não é uma cobertura, mas utiliza placas fotovoltaicas como piso. Ao mesmo tempo permite o trajeto de ciclistas e capta energia solar, abrindo possibilidades para que os pisos das estradas rodoviárias possam um dia ser também substituídos por placas solares e fazer grandes campos de coleta solar sem utilizar nem um centímetro a mais de terreno para isso. E assim, os recursos são utilizados com total inteligência, respeitando o meio ambiente e provendo as pessoas com qualidade.

Para saber mais:
http://goo.gl/EN27gW

Foto: Divulgação/SolaRoad