Café com a Oficina: O líder Zidane

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Um dos cargos de gestão mais difíceis é o de técnico de futebol. Desde um time de várzea até nos clubes com mais torcedores do mundo, a pressão existe, em níveis diferentes, claro, mas as opiniões divergentes, a exigência por resultados onde o vice campeonato é quase nada, é sempre constante.

Zinedine Zidane, no Real Madrid, foi um campeão de títulos. Além dos três campeonatos seguidos da Liga dos Campeões, ele levou o Real Madrid às conquistas do Campeonato Espanhol (2016/2017), de dois Mundiais de Clube (2016 e 2017), de duas Supercopas da Europa (2016 e 2017) e de uma Supercopa da Espanha (2017). Foram 9 títulos (de 13 possíveis) em 876 dias. Todos estes títulos, especialmente o tri campeonato da Liga dos Campeões garantiram seu lugar como técnico do Real, no entanto, ele resolveu sair.

O motivo deste assunto futebolístico aqui no Café com a Oficina é a fala de Zidane:

“Eu tomei a decisão de não continuar como técnico do Real Madrid, é um momento raro, mas esse time precisa de uma mudança para continuar ganhando, precisa de outro discurso, outra metodologia de trabalho e é por isso que tomei essa decisão”.

O que você acha disso? Muitas empresas entraram em grande declínio por não perceber que, em muitos momentos nos quais todos os sinais mostravam um cenário favorável, um olhar novo veria problemas que aqueles que estavam ali não perceberam.

Café com a Oficina: O Papa Francisco e a real liderança

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Independentemente das questões religiosas, o Papa Francisco têm sido uma inesgotável fonte de inspiração para quem deseja ser um líder que realmente vale a pena. Líder para a Oficina de Liderança não é apenas quem tem um cargo, mas aquele que faz diferença para melhor nos ambientes em que transita.

Em um de seus discursos, dirigido aos cardeais, ele falou duramente sobre 15 doenças que corroem as relações. Todas estas doenças têm muito a ver com qualquer ambiente empresarial. Algumas delas:

– A doença do sentir-se “imortal”, ou “indispensável”. A receita para sarar este ridículo comportamento, segundo o Papa, é uma visita aos cemitérios…

– A doença do trabalho em excesso com descuido para a qualidade de vida. E o Papa diz: o tempo do descanso, para quem levou a termo a sua missão, é necessário, obrigatório e deve ser lavado a sério: no passar um pouco de tempo com os familiares e no respeitar as férias como momentos de recarga espiritual e física.

– A doença da má coordenação. É quando um grupo de trabalho acaba tornando-se uma orquestra que produz barulho, porque os seus membros não cooperam e não vivem o espírito de comunhão e de equipe. Quando o pé diz ao braço: “não preciso de ti”, ou a mão à cabeça: “quem manda sou eu”, causando, assim, mal-estar ou escândalo.

– A doença das bisbilhotices, das murmurações e do mexerico. É a doença das pessoas covardes que, não tendo a coragem de falar diretamente, falam pelas costas.

– A doença de divinizar os chefes: é a dos que cortejam os Superiores, esperando obter a benevolência deles. São vítimas do carreirismo e do oportunismo. São pessoas que vivem o serviço, pensando exclusivamente no que devem obter e não no que devem dar. Pessoas mesquinhas, infelizes e inspiradas só pelo seu próprio egoísmo. Esta doença pode atingir também os Superiores, quando cortejam alguns seus colaboradores para obter a sua submissão, lealdade e dependência psicológica.

– A doença da cara fúnebre. Quer dizer, das pessoas grosseiras e sisudas que pensam que, para ser sérias, é necessário assumir as feições de melancolia, de severidade e tratar os outros – principalmente os que consideram inferiores – com rigidez, dureza e arrogância. Na realidade, a severidade teatral e o pessimismo estéril são muitas vezes sintomas de medo e de insegurança.

Cuidar de eliminar estas doenças da sua vida fará bem para você e para os que com você convivem!

Link para o discurso completo: http://goo.gl/IdpdMS