Café com a Oficina: Você vai querer conhecer a Local Motors

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As crianças de quase todo o mundo, principalmente os meninos, passaram bons momentos de sua infância brincando de montar e desmontar carrinhos. A cada dia os automóveis dependem menos da participação de seus condutores para sua operação, deixando para trás aquela brincadeira de infância de ser o próprio montador do seu carro.
 
Por outro lado, as indústrias automobilísticas não vivem o seu melhor momento, existe grande pressão nos países mais evoluídos para que automóveis fiquem longe do centros das cidades e que parem de usar combustíveis fósseis.
 
Enquanto uma indústria automobilística chega a gastar US$ 3 bilhões no processo do desenvolvimento de um novo carro até chegar ao mercado, a Local Motors gasta US$ 3 milhões. O primeiro projeto cuidou do sonho infantil de montar o próprio carro da empresa. O Rally Fighter para existir conseguiu a união por meio da internet, de um grupo de engenheiros e designers para projetar o carro, mantendo os “direitos autorais” destes colaboradores sobre ele. Quem o adquiriu pode participar da montagem do seu próprio carro, ficando 3 semanas na montadora, por isso o nome Local Motors. Eles querem ter microfábricas em muitas localidades, para permitir a realização deste sonho por muitas pessoas, em muitos países. Ainda mais interessante, o carro tem o código fonte totalmente aberto. Isso significa que é possível montar o chassi em casa e comprar as demais partes da Local Motors ou construir em fibra. A empresa disponibiliza os desenhos do chassi, do corpo e esquema da suspensão. Tudo grátis. Apenas logar e baixar.

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Agora, para cuidar também da questão sustentabilidade, eles cocriaram, em parceria com a IBM Watson, o Olli. Um ônibus elétrico para doze passageiros, não precisa de motorista e tem várias partes recicláveis. Impresso em impressora 3D. Pode vir a ser um novo concorrente no mercado de transporte de passageiros, ameaçando inclusive o Uber, taxistas e empresas de transporte. Ele leva 11 horas para ficar pronto, 10 para impressão e 1 hora para montagem. Antes do Olli, haviam lançado o Strati, considerado o primeiro carro impresso em 3D, por ter sua carroceria produzida pela impressora. O diferencial do Olli é sua autonomia e a parceria com a IBM que traz a inteligência do Watson para o miniônibus. O passageiro poderá interagir com o Olli e dizer para onde quer ir e também perguntar como ele funciona. É a internet das coisas em ação.
 
O cofundador e CEO da Local Motors, John Roger, uniu duas questões: o sonho infantil com um modelo de negócio inovador e sustentável. Se o seu sonho ou de sua empresa não estão claros, ou estão baseados apenas no lucro, o futuro deve ser sombrio por aí.
 
https://localmotors.com/
Fotos: Divulgação Local Motors

Café com a Oficina: Incrível coragem de buscar o sonho

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Imagine um menino, que hoje tem 30 anos e desde criança encontrou no rádio um companheiro de aventuras da vida, aprendendo e se emocionando ao ouvir as partidas de futebol. Nada de mais? Ou sensação de estranhamento, por ele não preferir assistir as partidas na televisão? Bem, avance na sua imaginação e veja esse menino se apaixonando pelas narrações de futebol e colocando na cabeça e no coração o desejo de ser comentarista de futebol. Será que como tantos que sonham, mas não agem, este será mais um desejo frustrado?

Agora, coloque algumas doses de dura realidade na sua imaginação: Esse menino é Felipe Augusto Diogo, que nasceu cego e que realmente forjou no seu coração o desejo de ser comentarista de futebol, apesar de nunca ter podido ver o verde gramado ou as coloridas camisas dos times de futebol. Será que esse é um sonho possível?

Sim, ele realizou seu louco sonho e é comentarista de futebol. Como isso foi possível? Bem, para alcançar seu sonho, além de aprender tudo o que podia sobre futebol, estudou e se formou em jornalismo e teve alguns arrojados apoiadores de sua trajetória, especialmente Antônio Silva, o Tonhão, Diretor da Rádio Paraty FM, onde Felipe faz parte da equipe fixa da rádio desde junho de 2013. Ao colocá-lo na equipe, Tonhão pediu que todos tratassem Felipe como uma pessoa normal, sem deficiências. Sua entrada na rádio causou aprendizado a todos, como ele próprio conta: “Quando eu comecei na equipe foi uma experiência para todos. Mas só se adquire essa maneira de comentar com muita prática.”

Felipe desenvolveu algumas habilidades que lhe são imprescindíveis para dar conta do recado com muita competência:
– Tem total atenção ao ouvir a narração de seus colegas de equipe.
– Sua memória é capaz de guardar detalhes das jogadas, dos jogadores e dos números da partida.
– É dotado de sensível capacidade para assimilar e processar dados, fazendo da voz do narrador os seus olhos, consegue visualizar o campo, as jogadas e o andamento da partida para fazer comentários absolutamente pertinentes.

Casos reais, como este do Felipe Diogo, precisam ser divulgados para que não esmoreça em cada um a ação cotidiana e firme em busca de seu próprio sonho.

Bola dentro Felipe Diogo!

Comentarista de Futebol: Felipe Diogo
Dial da Rádio Paraty FM: 87,5
Site da Rádio: www.radioparaty.com.br
Reportagem Globo Esporte: http://glo.bo/1KkaIEX
Foto: Divulgação