Café com a Oficina: Uma ideia de ouro

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O Japão está planejando a preparação dos Jogos Olímpicos 2020 e está cuidando de que o legado não seja apenas esportivo, mas especialmente o de influenciar para a mudança do pensamento que leve a um mundo melhor.
 
Um exemplo vem vestido de ouro, prata e bronze: Todas as 5.000 medalhas olímpicas e paralímpicas serão feitas, por incrível que possa parecer, de material reciclado. O Comitê Olímpico solicitou que celulares que seriam descartados, sejam doados para que deles sejam extraídas as pequenas quantidades de ouro, prata, platina e níquel e transformadas nos desejados símbolos do esforço e dedicação da vida de atletas e suas equipes. Para isso, será necessário recolher 8 toneladas de metal extraído dos celulares descartados advindos de um milhão de aparelhos doados.
 
Kohei Uchimura, ginasta japonês dono de três ouros em Jogos Olímpicos, declarou: “As medalhas olímpicas e paralímpicas de Tóquio 2020 serão feitas a partir do pensamento e apreço das pessoas em evitar o desperdício. Acredito que há uma mensagem importante nisso para as gerações futuras”.
 
Abranger mais VALOR além de cumprir com perfeição as metas, cuidando de transformar o presente em um futuro que seja melhor é uma possibilidade real, para a qual as belas e recicladas medalhas japonesas nos impulsionam.

Café com a Oficina: Valores para inglês ver

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O show de horrores pelo qual o Brasil está passando têm como protagonistas algumas das maiores empresas deste país, como financiadoras de ações nada republicanas e crescendo desmedidamente usando de forma acintosa o dinheiro do BNDES, em seguida repassado em doses cavalares a políticos de todos os naipes.

Se analisarmos as cartas de Valores destas empresas podemos ver que a Ética e seus necessários agregados como o Respeito, a Honestidade, o Cuidado com o cliente e com o meio ambiente são lugares comuns, alguns escritos com o mais alto grau de técnica para a formulação de Valores empresariais.


Palavras, por mais bonitas e fortes que sejam, não bastam. É preciso que as ações sejam retrato fiel desta sopa de letras, que vimos, foi feita por estas empresas para descer amarga nas entranhas do povo brasileiro e aumentar o profundo abismo que separa os poucos ricos dos milhões de pobres deste país.

Analise a carta de Valores de sua empresa. As relações internas mostram alinhamento a estes Valores? Ou o “manda quem pode, obedece quem tem juízo” é a verdadeira regra vigente? Você está respeitando seus Valores, ou sendo obediente a pessoas sem escrúpulos?

Nestes tempos bicudos, com milhões de desempregados, as relações internas são dominadas pelo medo e este é o primeiro e perigoso passo para o agir sem ética.

Importante sempre refletir e ajudar a manter viva a necessária estreita relação entre os atos e os Valores, afinal, o sucesso a qualquer custo não traz a maior das riquezas, que é fazer o certo, mesmo quando ninguém esteja por perto para ver. Sentir a beleza de poder olhar no espelho e se orgulhar de suas ações e poder contar sua vida para filhos, netos ou quem lhe importe sem ter que usar óleo de peroba para isso.

Imagem:
Leo Gestel
(1891 – 1941)
Rijksmuseum
Amsterdam

Café com a Oficina: Humilhação no trabalho

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Um supervisor avisa o gerente que um equipamento importante parou de funcionar. O gerente levanta gritando, bate na mesa, diz que aquilo é inadmissível, berra que o supervisor é um incompetente.

Uma reunião importante está acontecendo com vários gerentes há menos de 15 minutos. Um diretor adentra à sala sem bater, aponta acintosamente para um dos gerentes e grita: “Chega, saia já dessa sala agora! Vamos, eu quero falar com você agora!”

Um colaborador comete um erro em seu trabalho. Seu gestor chama a equipe toda e mostra o equívoco cometido e diz na frente de todos: “Você é muito incompetente, trate de melhorar, ou vai pra rua!

Um gerente de uma área encontra outro no meio do salão repleto de baias de trabalho e começa a dizer em altos brados: “Sua área é um lixo, vocês só fazem barbaridades.”

Um colaborador faz, com muito empenho e qualidade, um trabalho que lhe foi solicitado por seu gestor. Este lhe diz que o trabalho ainda não está muito bom e nunca mais fala do assunto. Meses depois o colaborador descobre que aquele trabalho foi apresentado à diretoria como sendo do gestor, sem menção alguma a seu nome.

Um novo colaborador é contratado. Sem motivo específico, os demais o rejeitam, não o convidam para nada, falam mal dele pelas costas, ou o colocam em situação vexatória.

Um excelente colaborador faz o trabalho para o qual foi contratado, mas exerce também há 2 anos função de gestão, sem receber por isso. Ao falar sobre o tema, lhe dizem que a empresa não comporta um cargo de gestão naquela área, que não tem condições de remunerar um gestor. O colaborador acaba por buscar oportunidades em outra empresa, joga super limpo com sua empresa atual e diz que treinará seu substituto antes de sair. Como a área de recrutamento e seleção não consegue ninguém do mesmo nível para substituí-lo, acabam por subir o salário e o nível do cargo – para poder contratar alguém de nível ainda inferior, mas satisfatório. O antigo colaborador, destruído em sua auto estima, mas rigoroso com seus valores, treina seu substituto.

Estes 7 relatos são retratos de fatos reais e recentes. A violência psicológica é uma triste, dura e feia realidade dentro de muitas empresas. Não contribua com este sofrimento sendo opressor, ou assistindo de cadeira a humilhação sofrida por quem não tem forças ou coragem para reagir. O trabalho não deve ser fonte de sofrimento, mas de prazer e realização.

Café com a Oficina: Não terceirize o feedback

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Nada é tão capaz de contribuir tanto para a mudança de comportamento quanto um feedback bem dado e bem recebido.

Se você viu alguma ação concreta de alguém e percebe que pode ajudá-lo a ser melhor, diga-lhe! Com os cuidados básicos de não ter essa conversa na frente de outras pessoas, e nem você, nem quem irá receber o feedback, estarem comprometidos emocionalmente para uma reflexão saudável.

Não imagine que essa recomendação é válida apenas se você é um gestor e quer desenvolver um membro de sua equipe. O profissional contemporâneo deve estar preocupado e contribuindo com uma corrente contínua de desenvolvimento que inclui seus colegas, seus gestores, fornecedores e clientes internos e externos.

O que não tem validade é um feedback terceirizado, isto é, João vai reclamar de uma conduta de Pedro para Maria e Maria procura João e lhe dá um feedback sem nenhuma propriedade, já que não viu o ato e, caso visse, poderia ter tido uma opinião muito distinta da de Pedro.

Se você é gestor, não tenha informantes, isto é uma tática ditatorial e destruidora de equipes. Ao invés disso, saia de sua sala ou posto de trabalho, interaja com as pessoas e processos e tenha os próprios elementos para dar bons feedbacks desenvolvimentistas. Se você é membro de equipe não seja informante. Diga diretamente o que pensa a seu colega e o ajude a ser melhor. Este é o melhor meio de você desenvolver a si mesmo. Abaixo a fofoca no ambiente de trabalho!

Café com a Oficina: Modelo Mental ofensivo

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Modelo mental é um pré conceito, isto significa que, sem conhecer de fato alguma pessoa ou grupo de pessoas, alguma questão, localidade ou produto alguém tem uma expectativa ou julgamento baseado em generalizações, que ele ou outros fizeram e acabaram por se tornar verdades para os incautos, preguiçosos ou ignorantes.

Por exemplo, dizer que “todas as mulheres dirigem mal” tira de boas motoristas possibilidades de trabalho, pois são rejeitadas ou nem mesmo consideradas. Ou, “a África é formada por um povo ignorante” é um julgamento em bloco que desconsidera, por exemplo, que a África do Sul já recebeu 4 prêmios Nobel, sendo um deles de literatura, além de ter a arrogância de definir o que é e o que não é ser ignorante.

Nesta semana Eduardo Paes, o prefeito do Rio de Janeiro, cidade sede das Olimpíadas 2016, despejou por falta de capacidade em assumir responsabilidades, o modelo mental chavão que pessoas preguiçosas têm sobre a Austrália.

O que aconteceu é que o Comitê Olímpico da Austrália encontrou e denunciou vários problemas na Vila Olímpica, desde vazamentos e entupimentos a teto caindo e fios desencapados, classificou a vila como “inabitável” e transferiu-se para um hotel. A resposta de Eduardo Paes foi jocosa e prepotente:

“O Brasil tem essa coisa de receber bem e de acolher, mas é uma mudança de muita gente ao mesmo tempo. É natural que você tenha algum tipo de ajuste a fazer, mas vamos fazer os australianos se sentirem em casa aqui. Estou quase botando um canguru na frente para pular na frente deles”, disse Paes na cerimônia de inauguração da Vila.

É de se refletir se o que significa receber bem para o Sr. prefeito é recepcionar os visitantes em uma casa, em que nem mesmo o banheiro funciona e se a visita não gostar disso, tratá-la com arrogância e preconceito.

A resposta da Austrália foi a correta: “Não queremos cangurus, queremos encanadores”.

Esse momento vergonhoso da nossa história é útil para que se possa pensar se os desastrosos modelos mentais direcionam nossas ações com outras áreas, com fornecedores, com clientes ou com qualquer pessoa que se enquadre em um rótulo que deixemos que seja transformado em uma injusta verdade.

Cuidado: Modelos Mentais podem ser muito ofensivos e trazer consequências de difícil solução.

Polinizando ideias: A arquitetura de Paulo Mendes da Rocha

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Um homem que se inspira em andorinhas para planejar a reforma de um edifício histórico é aquele que segue uma das regras básicas e mais desprezadas da boa arquitetura: conversar com o entorno. Este homem é Paulo Mendes da Rocha, nascido em 1928, na cidade de Vitória-ES, morador da cidade de São Paulo desde 1940, e o mais premiado arquiteto brasileiro de todos os tempos. Ele já havia recebido em 2006 o prêmio de arquitetura de maior prestígio no mundo: o Pritzker e, em maio de 2016, recebeu o Leão de Ouro na 15ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, pelo conjunto de sua obra.
 
Seu caminho para o sucesso iniciou-se logo após sua formatura quando, em 1957, ganhou uma competição nacional para a construção do ginásio de esportes do Clube Atlético Paulistano. Este trabalho lhe trouxe reconhecimento público e, com ele, ganhou o Grande Prêmio Presidência da República na 6ª Bienal de São Paulo em 1961. É autor de projetos marcantes como o do MUBE-Museu Brasileiro da Escultura, a intervenção arquitetônica na Pinacoteca do Estado de São Paulo, intervenção e reforma da Estação da Luz e projeto do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo e as novas instalações do Museu Nacional dos Coches em Lisboa, Portugal, dentre muitos outros.
 
Alguns de seus pensamentos:

“Todo o espaço deve ser ligado a um valor, a uma dimensão pública. Não há espaço privado. O único espaço privado que você pode imaginar é a mente humana.’’
 
“Uma cidade nasce do desejo de os homens estarem juntos.”
 
“O projeto ideal não existe, a cada projeto existe a oportunidade de realizar uma aproximação.”
 
“Condomínios são “os ovos da serpente”.
 
“A primeira e primordial arquitetura é a geografia”.
 
A arquitetura é invasiva. Ela destrói a natureza para abrigar o homem. Sobre a desolação ela constrói o belo. Ela destrói o belo e o histórico e constrói uma edificação horrenda e rentável, que terá obrigatoriamente que ser vista todos os dias por milhares, por vezes milhões de pessoas. Os profissionais da arquitetura, portanto, precisam ser éticos, precisam ter bom senso, precisam ser sensíveis, precisam ser artistas, precisam ser práticos para usar a menor quantidade de metros quadrados de destruição da natureza para satisfazer (e bem) as necessidades humanas.
 
Assim como o arquiteto, o profissional de todos os campos deve ser ético, para que sua intervenção no mundo cause o mínimo desgaste possível à natureza e aos demais seres viventes. Apoie sua empresa a realizar com ética. Seja você também um profissional que se inspira e conversa com a natureza para realizar seu trabalho, seja ele qual for.
Abaixo,  uma entrevista filmada na Pinacoteca do Estado de São Paulo, onde ele conta como as andorinhas influenciaram seu projeto, outras boas histórias de sua jornada e sua relação com o urbano.

 

Café com a Oficina: 15 anos de Wikipédia – o imenso sucesso de uma estratégia colaborativa

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Antes de a internet tornar o conhecimento disponível a qualquer pessoa que pudesse acessá-la, as bibliotecas e as enciclopédias eram os redutos do saber. A internet se popularizou na década de 1990 e, 11 anos mais tarde, surgiu uma ideia que conseguiu ainda causar certa admiração e muito ceticismo: a ideia de que qualquer pessoa pudesse, não apenas consultar informações via internet, mas ser também o cocriador destas informações.

Pode-se ler sobre a história da Wikipédia na própria Wikipédia, é claro: https://goo.gl/3KoC8q e, praticamente, sobre qualquer outro assunto. A impressionante disponibilidade das pessoas em fornecer e aprimorar informações tem feito com que a credibilidade da Wikipédia seja semelhante à da Enciclopédia Britânica. Claro, que ela não é infalível, mas tem um controle editorial coletivo. Isso garante certa credibilidade e faz com que a enciclopédia seja respeitada mundialmente.

Como a Wikipédia que causava apreensão por permitir que não especialistas pudessem propor conteúdo, assim também a Oficina de Liderança sempre incentiva às empresas a utilizarem estratégias de coparticipação no desenhar do futuro desejado, na criação de suas regras de funcionamento, no estabelecimento de seus Valores. O compromisso assumido por um participante que constrói conjuntamente é altamente superior ao daquele que apenas cumpre o que alguém lhe determinou.

A biblioteca de Alexandria, marco do desejo de reunir todo o conhecimento humano em um único lugar, está integralmente e muito mais completa a cada segundo, na ponta dos dedos de quem consulta a Wikipédia. Este é um futuro desejado e realizado. Viva a capacidade realizadora e colaborativa do ser humano e que essa capacidade possa superar todas as suas tristes mazelas.

Café com a Oficina: O valor Solidariedade em ação

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Alguns seres humanos não precisam derrubar os outros para crescer e são capazes de viver mais plenamente o valor Solidariedade. A palavra solidariedade significa a identificação com o sofrimento do outro e a ajuda para tirá-lo desta situação de sofrimento.

Existe a Solidariedade mais básica, ainda assim nem sempre praticada, onde uma pessoa é solidária com pessoas parecidas com ele, com membros da sua “tribo”, por exemplo, família ou membros do mesmo time de futebol ou com as mesmas características físicas ou sociais, etc.

Já a Solidariedade orgânica é praticada com aqueles com quem existe uma relação de interdependência e, como no caso acima, não são todos que praticam o valor Solidariedade, mesmo quando um depende do outro, como nas relações de trabalho, por exemplo. A solidariedade acontece se existe o reconhecimento de que todos são importantes.

Um caso recente mostra uma atitude solidária que impactou diretamente as vidas de um pai e de sua filha e foi contada pelo jornal francês Le Réveil. Jonathan Dupré é o pai de Naële, de quatro anos, e ele e sua esposa Marine descobriram que sua pequena filha estava com câncer no rim.

Jonathan trabalha em uma fábrica de vidro, em Aumale na França e esgotou todos os dias possíveis de folga para apoiar a filhinha na sua jornada de tratamento quimioterápico, que aconteceu após a cirurgia.

Os colegas, sensibilizados com a questão, cederam seus próprios dias de folga e o pai de Naële ganhou 350 dias para ficar em casa contribuindo verdadeiramente com os cuidados de recuperação. O jornal publicou uma declaração de Naële: “Estou muito feliz que meu pai fica em casa comigo”. O câncer agora está em regressão e ela já pôde voltar à escola.

Certamente, todos se sentem responsáveis por esta recuperação.

Café com a Oficina: Integridade vale a pena

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O ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, preso na operação Lava Jato da polícia federal, disse em entrevista ao jornalista Mário César Carvalho: “Virei um leproso. Esse foi um ano de lepra. As pessoas fugiam de mim e continuam fugindo…”.

Esse momento da história do Brasil demonstra ao vivo e em cores o quanto viver uma vida íntegra é o que no fim é realmente valorizado e não a superficialidade de ter a qualquer custo uma vida de aparências, com carros de luxo e roupas de grife usurpadas do outro.

É importante e bonito ver que as pessoas (a grande maioria delas pelo menos) percebem e valorizam o comportamento ético, correto. E é isso o que os torna claramente corruptos como que portadores de uma doença altamente contagiosa, de quem as demais querem se afastar, de quem ninguém se orgulha de ser amigo, filho, irmão, pai…

Cada pessoa enfrenta muitas situações durante a vida que a colocam frente à decisão: “Ganho dinheiro ilícito e tenho possibilidades de ter muitas e muitas coisas ou vivo de forma íntegra e tenho orgulho de mim mesmo?”. Esta é uma decisão individual, cada um escolhe seu caminho.

A certeza é que o caminho ético é, perante a sociedade, a família e a própria pessoa, aquele que não se tem vergonha de contar todos detalhes à luz do dia sem perder respeito.

Café com a Oficina: O ridículo PRÉ-conceito

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É dever de todos os gestores (e de cada um de nós) serem vigilantes contra o PRÉ-conceito. O preconceito ocorre, quando previamente à ação, a pessoa é julgada por sua cor, sua orientação sexual, seu gênero, sua condição econômica, sua idade, sua altura, sua gordura, sua magreza, sua nacionalidade…

Inúmeros casos acontecem a cada dia e são tratados sem seriedade, causando dor, raiva ou desânimo aos discriminados.

Os programas humorísticos, de modo geral, ajudam a disseminar estes pensamentos discriminatórios, mas o ambiente de trabalho não deve ser conivente com estas atitudes, que inclusive devem se punidas segundo a lei. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) na Convenção n. 111 de 1958 (isso mesmo, há quase 60 anos), ratificada pelo Brasil em 1968, traz um conceito de discriminação especificamente nas relações de trabalho em seu art. 1º. Esta Convenção define discriminação como:

“[…] distinção, exclusão ou preferência fundada em raça, cor, sexo, religião, opinião política, ascendência nacional, origem social ou outra distinção, exclusão ou preferência especificada pelo Estado-Membro interessado, qualquer que seja sua origem jurídica ou prática e que tenha por fim anular ou alterar a igualdade de oportunidades ou de tratamento no emprego ou profissão”.

Não tenha dúvida que a postura discriminatória, mesmo a dissimulada, altera a igualdade de oportunidades e priva ou dificulta pessoas talentosas de exprimirem e serem reconhecidas por seu real potencial.

Algumas poucas empresas têm tomado atitude séria para prevenir e punir as ações discriminatórias, mas ainda estamos muito longe de um ambiente de trabalho justo para a grande maioria dos brasileiros.

Olhe no espelho e reflita se você tem sido discriminado. Se sim, busque seus direitos sem agressividade desnecessária e sem se confundir com o agressor. Muna-se da legislação e de fatos e dados concretos que o ajudem a mudar a atitude das pessoas e a minimizar a injustiça contra você e contra muitas outras pessoas.

Olhe no espelho e reflita se você tem sido preconceituoso. Se sim, mude (sim, é possível) e você se sentirá uma pessoa muito melhor do que você mesmo era até ontem. Com isso, fará diferença para muitas pessoas e para o resultado de sua empresa e deste abatido país.